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A série “Alice” , é uma pesquisa que venho desenvolvendo desde 2014, quando participei de um intercâmbio na cidade do Rio de Janeiro, como estudante da Escola Nacional de Belas Artes da UFRJ.

Os estudos sobre teoria “queer” e as vivências com escolas de samba  em meio aos preparos  para a copa do mundo,  mostraram-me várias  situações  de conflito social e racial, que levaram-me a pensar um trabalho que criticasse e ironiza-se a posição do negro  e o histórico das favelas , numa cidade idealizada para o turismo e que carrega o slogan de “cidade maravilhosa”. Assim, comecei a pensar a construção de uma Alice que percorresse as minhas realidades no Rio de Janeiro,  que mostrasse os contrastes, o avesso do que o sistema juga como maravilhoso.

O trabalho consiste em andar nas ruas, nas favelas, nos subúrbios e lixões ,com um vestido azul e o avental branco característicos da personagem . Buscando levar vários questionamentos sobre corpo, comportamento, conflitos sociais e a posição do negro no histórico colonial. Esse trabalho levanta várias reações dos espectadores , que na maioria das vezes, respondem com falas absolutamente racistas , ou com chacotas homofóbicas. Corpo descentralizado, descolonizador, distópico-marginal.

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